foto por abigail hadeed
deixando um pouco de lado as postagens pornossatíricas, também quero fazer minha homenagem a nelson mandela. madiba. o maior político e estadista da segunda metade do século XX. "o homem que ensinou a perdoar".
"invictus", este poema que tentei traduzir (mal, diga-se, a toque de caixa), era o preferido de mandela. os versos de william ernest henley, poeta vitoriano pouco lembrado para além dos belíssimos versos em questão, foram uma espécie de companhia moral e espiritual durante o 27 anos de cárcere do líder sul-africano.
*
INVICTUS
Do fundo desta noite
que me veste,
Tal qual dum fosso o
escuro indivisível,
Eu agradeço ao deus
que ainda reste
Por este meu espírito
invencível.
Da circunstância em garras
afiadas,
Não me curvei nem foi
lamúria ouvida.
Tomando dos acasos
mil pancadas,
Minha cabeça sangra,
mas erguida.
Além deste lugar de
raiva e danos,
O Horror da sombra
emerge desde cedo,
e ainda assim, feroz
passar dos anos
me encontra e sempre encontrará
sem medo.
Que seja a porta estreita quanto for,
Já não importa a dor do veredito;
Sou eu de meu destino
meu senhor:
Eu sou o capitão de
meu espírito.
trad. r.m.
*
INVICTUS
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thak whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário