sexta-feira, 1 de julho de 2011

(nota de rodapé de árvore)

                                 
voltei há um ano.
comi amoras no pé, as mesmas amoras.

o pé era o mesmo,
meus pés cresceram.

não voltei para casa
deliciosamente espancado,
com a hering exangue do
fruticídio.

e já não aconteceu
o limão frutificar,
entre flores de maracujá,
num dos galhos invisíveis.

a amoreira, sem criança
que pese no durame,
se não escrevo o poema,
não passa de uma amoreira.

Um comentário:

  1. ala pucha, tchê... coisa buena de se ler! adoro, madeira, quando escreves com o teu lado cavaco. roubando isso pro meu blog. abç

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