![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRKCJVOUAWxdWEOLiDD3Fs7nL78F6s-cjF0Ud-nKb3g3TZtc4x1IxIrLG5XWWDT_6Qvhk2CwF0XIzE5MBqtTBU7fgSrmt1SAGg5y90k8p1QVZk8XiiyUU7-joDQQ8KIF-unONx_vYMhSY/s748/thumbnailCAYC2NNY.jpg)
sábado, 19 de janeiro de 2013
rancho das varejeiras
amor tão grande, nunca visto,
beijar sempre os lábios do lixo.
a enxaqueca canora, o vício
em restos sem qualquer espírito.
o despejado no esquecido:
xepas, trapos, cacos de vidro;
o descartado e sem amigo:
laranjas podres, corpos findos;
o desdentado e absurdo lírio
mais legumes envilecidos.
tipo assim, floreira de esquina,
desastre calmo, entardecido,
lhes oferta o monturo ainda
(que importa o minério da sílaba?)
herói, amada, estrela extinta:
sem nojo, o despojo de um livro.
suguem, moscas! ou melhor, libem
o caldo pouco da poesia.
(o latim das moscas)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHbXnMFZXeWkPY3BooiMt1DBaD80xzN8kd4aPSPSxbXM73hKwDPFEfH6YmZRZheRvzxGlXKyh3D5FXq9o8XT08jCxKfA4feKowd7oOrvFmyitDC6HYHYw7Ppuk_BNcmIwrUw3ho_Vh4Ns/s250/dead_flies_141.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário