sábado, 15 de junho de 2013

                 
i. m. Cyrene de Mello Pozzo (1929-2013).

para meu amigo de infância, meu irmão
ricardo pozzo.

neste momento.
                

*
                                 
5

o último fósforo contorceu-se,
exausto.

a aurora respira
com dificuldade

como se arrastasse
um galeão no seco.

esta agulha atravessa
todos os dedais.

(...)

mas, exatamente onde falta
a permanência, (onde falta)
a eternidade, ainda resta

a ternura.
                     

2 comentários:

  1. e que seja eterna a ternura, naquilo que permece, mesmo na ausência, pois a ausência é finita, quando a memória vive.

    t.s. sartini

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  2. olhe que só vi agora...volteado de lágrimas ao sol, mesmo à noite...


    valeu, dom madeira, meu irmão...meu e do Tullio.


    rp

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