o que me fez lembrar a profunda e frondosa "dobra-prima" de bráulio tavares... (aliás, que melhor ilustração pra este poema que aquele quadro do courbet, "a origem do mundo"?)
POEMA DA BUCETA CABELUDA
A buceta da minha amada tem pelos barrocos, lúdicos, profanos. É faminta como o polígono-das-secas e cheia de ritmos como o recôncavo-baiano.
A buceta da minha amada é cabeluda como um tapete persa. É um buraco-negro bem no meio do púbis do Universo.
A buceta da minha amada é cabeluda, misteriosa, sonâmbula. É bela como uma letra grega: é o alfa-e-ômega dos meus segredos é um delta ardente sob os meus dedos e na minha língua é lambda.
A buceta da minha amada é um tesouro é o Tosão de Ouro é um tesão. É cabeluda, e cabe, linda, em minha mão.
A buceta da minha amada me aperta dentro, de um tal jeito que quase me morde; e só não é mais cabeluda do que as coisas que ela geme quando a gente fode.
o que me fez lembrar a profunda e frondosa "dobra-prima" de bráulio tavares... (aliás, que melhor ilustração pra este poema que aquele quadro do courbet, "a origem do mundo"?)
ResponderExcluirPOEMA DA BUCETA CABELUDA
A buceta da minha amada
tem pelos barrocos,
lúdicos, profanos.
É faminta
como o polígono-das-secas
e cheia de ritmos
como o recôncavo-baiano.
A buceta da minha amada
é cabeluda
como um tapete persa.
É um buraco-negro
bem no meio do púbis
do Universo.
A buceta da minha amada
é cabeluda,
misteriosa, sonâmbula.
É bela como uma letra grega:
é o alfa-e-ômega dos meus segredos
é um delta ardente sob os meus dedos
e na minha língua
é lambda.
A buceta da minha amada
é um tesouro
é o Tosão de Ouro
é um tesão.
É cabeluda, e cabe, linda,
em minha mão.
A buceta da minha amada
me aperta dentro, de um tal jeito
que quase me morde;
e só não é mais cabeluda
do que as coisas que ela geme
quando a gente fode.