quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O xifópago à beira-mar agora escreve (com sua vara) nas areias úmidas da praia um pequeno madrigal de veraneio

                                                                
foto de custódio coimbra



Ah, doce concha azeda!
Largada em lençóis rotos, marulhados,
Insones sedas
Beijando-a com seu sal ensolarado. 
E a maresia deixa atarantados,
Revivos, meio bestas, quase plenos,
Tarados tão ingênuos,
Imberbes ante a concha aos pés na praia...
Nas lânguidas areias, linda e leda,
A fresca concha é Vênus quem espraia?
Ah, bivalve, biscaia,
Ah, doce concha azeda!
                                                      
               

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