quarta-feira, 6 de junho de 2012
nelson ascher
ELEGIAZINHA
i. m. nikita (gata da inês)
Gatos não morrem de verdade:
eles apenas se reintegram
no ronronar da eternidade.
Gatos jamais morrem de fato:
suas almas saem de fininho
atrás de alguma alma de rato.
Gatos não morrem: sua fictícia
morte não passa de uma forma
mais refinada de preguiça.
Gatos não morrem: rumo a um nível
mais alto é que eles, galho a galho,
sobem numa árvore invisível.
Gatos não morrem: mais preciso
– se somem – é dizer que foram
rasgar sofás no paraíso
e dormirão lá, depois do ônus
de sete bem vividas vidas,
seus sete merecidos sonos.
NELSON ASCHER
cat and bird (1928), paul klee
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catulo, 32. tradução do ascher. obra prima.
ResponderExcluirfiquei de te enviar. aqui está:
DESEIOTEIPSISTILAQVEMECHAMES
ESTATARDEAOSDELEITESEDELITOS
DETEVLEITOPORÉMCVIDAQVEOVTRO
NÃOBATALOGOÀPORTAEMINHACARA
NÃOSAIASPOISMASTEPREPARASPARA
NOVEROVNDSETESÃOININTERRVPTO
CASOQVEIRASCONVIDAMEDEPRESSA
POISALMOÇADOCVRTOAMINHASESTA
AGORAAQVIDEITADOEMDEVANEIOS
COMMEVPINTOAVARARCVECAECALÇA
origem:
AMABO, MEA DULCIS IPSITILLA,
MEAE DELICIAE, MEI LEPORES,
IUBE AD TE VENIAM MERIDIATUM.
ET SI IUSSERIS, ILLUD ADIVUATO,
NE QUIS LIMINIS OBSERET TABELLAM,
NEU TIBI LUBEAT FORAS ABIRE,
SED DOMI MANEAS PARESQUE NOBIS
NOVEM CONTINUAS FUTUTIONES.
VERUM SI QUID AGES, STATIM IUBETO:
NAM PRANSUS IACEO ET SATUR SUPINUS
PERTUNDO TUNICAMQUE PALLIUMQUE.
abç
e mande-me aqueles textos.
rods.
legal. valeu, rodolfo. vou procurar.
ResponderExcluiraté o fim de semana envio os poemas...
abraço.