foto de albert nane
quando está no campo [no espaço fotográfico], ali está,
capturado de uma vez por todas, como os insetos no âmbar (...)
philippe dubois
a imagem está parada
mas o tempo não
a imagem está parada
mas os olhos nas órbitas
as pálpebras não
a imagem está parada
mas não está parada
a respiração
a imagem está parada
mas não está parado
o coração
2.
o inseto no âmbar (voando)
vareja dentro,
sem qualquer
medida, o que é recesso ilimitável
de um único momento
e o restante
de nossas vidas.
o inseto-instante,
imóvel no âmbar,
está voando
em quem se deixa voar
por um inseto no âmbar.
o inseto no âmbar
está voando
* o latim das moscas (inédito)
bom poema para um ótimo artista!
ResponderExcluirsomos todos insetos no âmbar urbe fágico.
rp
Este belo poema do Madeira sobre um brilhante artista traz uma nova luz (necessária) ao fotógrafo, músico e poeta Albert Nane... Quem o conhece, sabe de quem estamos falando; quem não o conhece, o pode ler no poema!
ResponderExcluirAbraços,
Gustavot Diaz