(limeriques)
Se cruza a avenida ao sinal
uma traseiro sensacional,
tudo no mundo estanca;
é só a bunda que avança;
e explode uma salva de paus.
*
Quase nunca dá seu anel
a patricinha do Batel.
Tesão é coisa cara!
Qual o status da vara?,
se indaga enxaguando em Chanel.
(haicais de boca)
queria dizer
não com a língua de falar
(mas) a de lamber
*
feliz a menina
lambidelas no sorvete
que nunca termina
(quadras idílicas)
Molhava-se a camponesa
num bucólico regato;
molhava-se com certeza:
na greta o falo era um fato.
Ama mesmo os passarinhos
a ecologista querida:
para aninhá-los – seu ninho,
para animá-los – comida.
(epigramas)
E mostra, tão vivida e ainda boa,
com quantos paus se faz uma coroa.
*
(sermão da cafetina)
Erguei, erguei vossos paus para os céus,
pois Deus abençoa a todos os créus.
* dois de quatro poemas de cada modalidade; da seção "peças de quatro" (xifópago & pistoleiras).
muito bons! mas o recato me impede de assinar o comentário...
ResponderExcluir