A BORBOLETA
Ela passeia sozinha
sem rumo e sem rumor.
Aparece, embora ela seja
no incerto modo uma essência,
pois basta uma só borboleta
para que o ar se perfume
e a gente queira adejar
com ela nas adjacências.
[Neves, Paulo. Viagem, espera: 40 poemas e outros escritos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.]
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