A poesia é um membro improdutivo da sociedade.
o poeta trabalha
(fotomontagem de jorge de lima,
pintura em pânico, 1943)
Não é possível contratar a poesia. Não é possível jogá-la no departamento de marketing, na agência de publicidade, no almoxarifado. Nem relegá-la ao escritório contábil
e dela esperar um memorando e 10 páginas de relatório até às 4h da tarde. A poesia não recebe seguro-desemprego
gratificações
promoções
admoestações
cursos de treinamento qualificação reciclagem
realocações
reclamações
chamados a reuniões
esporros de chefe décimo-
terceiro salário.
A poesia não tem nem pra passagem. A poesia, graças a deus, está desempregada.
Não podemos deixar morrer a poesia, temos que alimentá-la sempre com nossos versos. O poeta é um ser solitário, na maioria das vezes, isso é fato, o ato da criação é solitário. Como diz Carpinejar: " O escritor precisa de paz para sangrar."
ResponderExcluirAdorei o nome se seu blog, foi o que me chamou a atenção e me fez visitá-lo.
Te sigo, não deixemos ficar as moscas, não. Gostei de seu poema inaugural.
Boa sorte.
Abraços poéticos.
hahhahahha
ResponderExcluirmuito bom, madeira!