PÓS-DESCONSTRUÇÃO ARCAICA
Sentindo um cheiro pestilento, lento,
Levanto do meu leito estreito, eito,
No tique a que vivo sujeito, jeito
De santo que um dia arrebento, bento –
Notando o quanto me delata, lata,
Aquela sensação tamanha, manha,
A imagem da grande barganha, ganha,
É o nó que na garganta engata, gata –
E o surto a me levar consigo, sigo,
Em ânsia por amor e abrigo, brigo,
Tocando um som que, mesmo surdo, urdo –
Pois graças ao meu velho e cego ego
Entorto verso e rima e blogo, logo,
O nada que me dá, contudo, tudo.
IVAN JUSTEN
seu blog ótimo como sempre.
ResponderExcluirbeijo
Rodrigo: fico muito grato e (acredite) incentivado assim a controlar com mais um pouquinho de humildade as minhas grandes vaidades.
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