quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

robert frost (II)

                     

   
O CAMINHO NÃO TRILHADO


A estrada se partiu no bosque amarelado,
E lamentando não poder seguir por ambas
E ser apenas um, fiquei ali parado
E olhei uma das vias, o olhar alongado,
Até que ela fugisse na curva entre as ramas;

Então tomei a outra, boa escolha também,
E por ser ela talvez mais convidativa,
Porque clamava a grama pelos pés de alguém,
Ainda que, em se tratando disso, o vaivém
As tivesse desgastado em igual medida

E que houvesse – aquela manhã – nas duas vias
Folhas e mais folhas ainda por pisar.
Ah, deixei a primeira para um outro dia!
Mas sabendo que um caminho em outros daria,
Duvidei de que um dia eu pudesse voltar.

Noutra parte, triste, hei de dar este relato;
Entre mim e o sucedido, a distância imensa:
A estrada se partiu no bosque amarelado 
Tomei dentre os caminhos o menos trilhado,
E isso justamente fez toda a diferença.
                    
tradução: rodrigo madeira


THE ROAD NOT TAKEN

Two roads diverged in a yellow wood
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sign
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I 
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.


(récita do próprio frost)
                                                            

Um comentário:

  1. Ficou muito belo, apesar da escolha, como no poema, ter deixado um verso não trilhado: Abriram-se, no bosque âmbar,dois caminhos. Hehehehe, bjs

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