paul cézanne, mont sainte-victoire (1902-1904)
CÉZANNE
Filho de um banqueiro de província
Frequentava os saraus de Manet no café Guerbois
Em roupas imundas
"Maître" limpando uma das mãos
Selvagem na tela sombrio nas calçadas
"Ele teria inventado o amor"
Mas viveu com Hortense Fiquet
pondo em risco sua mesada
Os críticos escarneciam Zola começou
L'Oeuvre do artista-suicida
Penosos ressentimentos
Fizeram-no se afastar até de Pissarro
Ao fim havia a natureza e Aix
"Num mesmo e único instante antecipei minha
tela".
"Minha tela então firmou um pacto"
Tinha encontrado seu mestre
Mont Sainte-Victoire rezou por ele
Frutas e campos revelaram suas verdadeiras faces
Melões veneravam no clássico domo de sua cabeça
Camponeses jogavam cartas como a realeza
ignorando-o
A cidade zombava
Ao fim tudo era o mesmo
Seu jardineiro Vallier tornou-se a parede
Notório rico em farrapos tropeçava na tempestade
Com suas telas "inacabadas"
Que não vacilavam ainda que estivesse morto
Adubo e osso
Raízes da árvore de Paul Klee
cujos ramos abstratos
São etiquetados por escolas rivais.
tradução: r.m.
poema de campbell no original
paul cézanne, natureza-morta com crânio (1895-1900)
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