domingo, 26 de junho de 2011

arlequins

                                               
                                p. antonio madeira                   


Paulo Henrique Ganso, Neymar, Robinho e André,
em recordação que não tenho e não se esquece,
trazem a mim    dando astúcia de mão aos pés
Dorval e Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

Santos endemoninhados, peixes da peste,
tudo o que desfaz no outro e faz em nós a fé,
tudo o que tu, meu pai, em detalhe disseste,
tanto que, no estádio de dentro, em sonho até

chegou a fato consumado eu lá estivesse
como arqueiro do Santos que se compadece,
feliz, do que noutros é triste ou garnisé
à arteciranda, o irresistível da maré...

Eu lembro aquilo que não vi mas não se esquece,
Dorval e Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.


* Poema do ano passado, por ocasião do título na Copa do Brasil. O técnico é outro, o elenco mudou um bocado, mas são os mesmos a alma e o intelecto do time (Neymar e Ganso). Além disso, a campanha  do tricampeonato começou exatamente com a conquista daquele torneio.

** Parodiando Armando Nogueira: a tabelinha entre Arouca, Ganso e Neymar confirma a existência de Deus.  

4 comentários:

  1. oi Rodrigo, se você não se importa eu capturei esta poesia para o meu blog. Santos até o fim... abraços e felicidades

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  2. Belas palavras Rodrigo... Santos rumo ao mundial!

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  3. O Santos, não uma alegria de menino. Santos foi onde nasci e onde surgiu, para o mundo, um menino magrinho de nome Edson, que também aprendeu a atender pelo apelido famoso de Pelé. Santos, uma alegria de menino. Santos, na Vila Belmiro, foi onde vi um outro menino, na quarta feira de cinzas, deste ano, marcar dois golaços. Outro menino magrinho, de cabelo arrepiado e que atende pelo nome de Neymar. Não devia ser Reymar?
    Parabéns, Rodrigo. Gostei da poesia.
    Ah, meu neto, que se chama Ernesto e cujo pai é corintiano doente (meu filho pegou gosto naquele time que tinha Sócrates, Palhinha, Wladmir...) mora em Rio Claro e lá seus dois avós maternos torcem pelo Santos. E ele, que tem dois anos e quatro meses, liga para mim e grita ao telefone... Saaaannnnttttoooos... Saaaannnntttoooosss...

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