sexta-feira, 3 de junho de 2011

robert frost

                                             
À MARGEM DA FLORESTA NUMA NOITE DE NEVE

Acho que sei a quem pertence a mata.
No vilarejo, entanto, é a sua casa;
Não me verá parado, circunspecto,
Ante a floresta mais e mais nevada.

Meu cavalinho acha estranho decerto
Parar sem qualquer cocheira por perto
Entre a floresta e o lago congelado,
Dentre as noites, no escuro mais imerso.

Os sinos de seu arreio vibrados
Perguntam-me se existe algo de errado.
O único outro som que se faz ouvir
É a neve que cai, o vento assoprado.

Bela é a floresta, sem fundo ou luzir,
Mas eu tenho promessas a cumprir,
E milhas que andar antes de dormir,
E milhas que andar antes de dormir.

tradução: rodrigo madeira


STOPPING BY WOODS ON A SNOWY EVENING

Whose woods these are I think I know.
His house is in the village, though;
He will not see me stopping here
To watch his woods fill up with snow.

My little horse must think it queer
To stop without a farmhouse near
Between the woods and the frozen lake
The darkest evening of the year.

He gives his harness bells a shake
To ask if there is some mistake.
The only other sound´s the sweep
Of easy wind and downy flake.

The woods are lovely, dark, and deep,
But I have promises to keep,
And miles to go before I sleep,
And miles to go before I sleep.

2 comentários:

  1. hmmmmmmmm

    vamos ler o que o justen tem a dizer...rsrs

    está ótima estas aulas de vocês dois!


    rp

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  2. Diante desse belo bosquejo do Madeira, só me vejo forçado a replicar, em espírito olímpico, postando de minha parte outro Frost

    (o qual por acaso foi o chapa que disse que poesia é aquilo que se perde na tradução: interpreto isso como o mais sábio desafio jamais proposto por um poeta...)

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