segunda-feira, 20 de junho de 2011
minuto de cínica sabedoria (XI)
Não se esqueça, dois óbulos sobre os olhos do coitado: um pra pagar Caronte, e outro pra Caronte pagar um possível guardador de barcos.
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Ninguém me convence do contrário: Orfeu olhou pra trás como quem sai, aos 90 do segundo tempo, do armário. Deixem-no em paz, ninfas e ninfetas! O cara simplesmente lembrou-se – pobre Eurídice! – da terrível serpente de Aristeu.
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Não é revisionismo mitológico nem nada; é só que um mito às vezes mente. Narciso, por exemplo, não se afogou por estar apaixonado pela própria imagem. Todo homem ou semideus (ou semi-homem) em algum momento se apaixona pela própria imagem. Afogou-se porque não sabia nadar. Isso qualquer salva-vidas vai lhe dizer... Mais ainda: não sabendo nadar, não gritou por socorro. E isso qualquer psico ou noinha em reabilitação pode lhe afiançar.
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É infinitamente mais fácil escalar o Everest do que o Hades.
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