talvez alberto caeiro
enfim saiba,
agora que não sabe,
que não está sequer morto
(porque morto
é uma palavra
uma ideia
um medo
um estado que só diz
e conhece quem está vivo,
porque a morte só existe
enquanto houver pessoas
vivas que a pronunciem)
o que é uma coisa.
* trecho do poema a coisa ("pássaro ruim", 2009)
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